Nioh 2 - Impressões do Tokyo Game Show

Os últimos textos que publicámos dizem bem da popularidade do género "Souls-Like", jogos que tentam replicar a fórmula vencedora de Dark Souls. Publicámos a análise a Code Vein, que é um jogo de ação ao estilo de Dark Souls, mas com um visual de animação japonesa, analisámos The Surge 2, que é essencialmente Dark Souls num cenário de ficção científica, e agora é a vez desta antevisão a Nioh 2, que como o primeiro jogo, apresenta muitas semelhanças a Dark Souls, embora com uma temática de Japão feudal misturada com demónios.

O primeiro Nioh afirmou-se como uma das melhores alternativas a Dark Souls, mas faltou-lhe algo para ser realmente especial. Tínhamos expetativa para ver se esta sequela estaria mais próxima desse objetivo, e felizmente, foi precisamente isso que encontrámos no Tokyo Game Show, primeiro com demonstração disponível ao grande público, e depois numa apresentação exclusiva para jornalistas.

Por vezes uma sequela não o é realmente, optando por seguir o formato da prequela. As vantagens disso é que o jogo pode expandir o antecessor ao mesmo tempo que se mantém acessível a novatos da série. Nioh 2 segue precisamente essa ideia, apresentando-se como uma prequela do primeiro jogo. Sem revelarmos demasiado da história, podemos dizer que se concentra em duas personagens históricas do período Sengoku do Japão, período esse que eventualmente culminou no estado da sociedade que conhecemos no primeiro jogo. Outra diferença é que, enquanto no anterior era obrigado a jogar com William, em Nioh 2 pode criar a sua personagem de raiz, utilizando várias opções de personalização.

Outra grande novidade de Nioh 2 é a introdução de um modo cooperativo para três jogadores, e se o que jogámos serve de exemplo, podem bem vir a precisar da ajuda de amigos. Nioh 2 promete ser um jogo bastante difícil, mais até que o primeiro, de tal forma que o próprio representante da Bandai Namco teve problemas para terminar a demo que vimos. Não sabemos se essa dificuldade será ajustada até ao lançamento, mas neste momento, Nioh 2 é um desafio bastante duro.

Em Nioh 2 terá acesso a várias armas, mas não só. Ao derrotar inimigos vai absorver a sua essência yokai, que depois podem ser usadas para "libertar a escuridão". Por outras palavras, pode transformar a personagem num demónio (existem várias opções), o que garante acesso a habilidades especiais e a ataques mais furiosos. Saber como e quando usar a essência yokai parece-nos ser determinante para o sucesso do jogador. Quanto ao sistema de combate, funciona de forma muito semelhante ao antecessor, servindo-se de ataques, bloqueios, e desvios, tudo através de três posições de combate - baixo, médio, e alto. Terão ainda acesso a muitas armas (mais tipos que no anterior), acessórios, ferramentas, e peças de armadura, permitindo moldar a personagem para o estilo de combate que preferirem.

Visualmente, Nioh 2 surge como um jogo competente, com estilo, ainda que não seja nenhum portento técnico. A iluminação é boa o suficiente para criar ambiente, os cenários são detalhados, e as animações são fluídas que cheguem. O que realmente brilha no grafismo de Nioh 2 é o estilo de arte, com desenhos altamente criativos dos inimigos, das personagens, e dos mapas. Por vezes é lindo, com cenários do Japão feudal, enquanto que noutros momentos apresenta verdadeiras atrocidades da natureza.

Nioh 2 parece melhorar vários elementos do primeiro jogo, do qual já tínhamos gostado bastante. Entretanto, contudo, saiu Sekiro: Shadows Die Twice, a abordagem da própria From Software ao Japão e aos samurais, que nos deslumbrou. As exigências serão por isso mais altas para o jogo da Team Ninja, mas o que vimos e jogámos até agora deixou-nos com boas expetativas para o futuro.