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The Elder Scrolls IV: Oblivion

Jogos Que Marcaram Gerações - The Elder Scrolls IV: Oblivion

O jogo que desbloqueou The Elder Scrolls para o grande público.

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Enquanto várias editoras apostam em lançamentos frequentes das suas séries de maior sucesso, não tem sido essa a abordagem da Bethesda em relação a The Elder Scrolls. O último jogo da saga principal, The Elder Scrolls V: Skyrim, foi lançado em 2011, e o próximo capítulo está ainda a alguns anos de distância, mas é esse distanciamento entre lançamentos que permite à Bethesda entregar algo especial com cada capítulo.

Antes de Skyrim houve The Elder Scrolls IV: Oblivion, lançado em 2006, e se não será o capítulo favorito para muitos jogadores, sobretudo os fãs hardcore dos primeiros jogos, é inegável a importância de Oblivion na abertura da saga para o grande público. O primeiro capítulo da série a chegar às consolas foi TESIII: Morrowind, o que já foi um passo importante, mas a acessibilidade e adaptação de Oblivion aos comandos permitiu-lhe chegar a um enorme grupo de jogadores que a série nunca tinha atraído.

Nem só de acessibilidade e adaptação viveu Oblivion. O quarto capítulo da saga apresentou inovações e melhoramentos em muitas áreas, incluindo ao nível da inteligência artificial. Através de um sistema que a Bethesda definiu como Radiant, as personagens não jogáveis seguiam uma rotina própria e interagiam entre si. Conversavam, tinham conflitos, cumpriam tarefas, e dormiam, tudo independente das ações do jogador. Este sistema deu uma vida ao mundo de Oblivion como raramente tínhamos visto até então.

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Esse mundo era a grande estrela do jogo. Depois do prelúdio nos esgotos, onde os jogadores interagiam com o Uriel Septim, interpretado pelo ator Patrick Stewart, Oblivion entregava um mundo aos jogadores que parecia não ter limites. Podiam seguir a história principal, ou partir à descoberta, mas independentemente do caminho escolhido, era garantido que iam encontrar algo interessante. De missões originais e memoráveis, a masmorras com vampiros, passando por cidades e clãs, possibilidades não faltavam.

Oblivion era também um portento gráfico quando saiu, muito superior a Morrowind nesse aspeto. Lançado para PC e Xbox 360 (mais tarde na PS3), Oblivion foi um dos primeiros jogos realmente construídos para essa geração. Era óbvio que não poderia ter sido jogado na geração das 132 bits, não só pela qualidade do detalhe, mas também da iluminação, do tamanho do mundo, e da distância de visão.

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A história de Oblivion apresentava uma intriga interessante, mas existiam muitas outras missões paralelas que eram tão ou mais empolgantes. Os clãs de magos, ladrões, e guerreiros, tinham todos as suas próprias sagas para o jogador acompanhar, mas o destaque era mesmo a Dark Brotherhood, uma história de assassinos, mistério, e elementos sobrenaturais.

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Podiam abordar todas as sagas dos clãs, ou nenhuma delas. Oblivion era um jogo que dava liberdade total ao jogador, incluindo na forma como jogavam. Podiam moldar uma personagem nas arte de assassínio, combate, magia, e tudo pelo meio. Como não existiam classes, podiam criar uma personagem mista, e ainda existiam muitas outras áreas para melhorar, como capacidade de negociação, alquimia, ferraria, e outros atributos semelhantes.

Oblivion foi um jogo memorável, mas não por causa do sistema de combate, ou da sua capacidade gráfica. Desde momentos caricatos, como o "fã" que nos seguia durante a saga na Arena, aos portais para o próprio Oblivion, permitindo visitar as dimensões Deadric, Obliviion estava recheado de momentos memoráveis que formavam uma verdadeira aventura. Era frequente discutir essas mesmas 'aventuras' com outros colegas, como se tivéssemos vivido algo verdadeiramente especial. E num certo sentido era realmente especial.

Recentemente tivemos a oportunidade de revisitar The Elder Scrolls IV: Oblivion, durante uma das nossas transmissões em português (podem ver essa transmissão em baixo). Como é natural, Oblivion já não tem o mesmo encanto gráfico, as animações parecem trapalhonas, e o sistema de combate - que já não era brilhante na altura - mostra ainda mais as suas deficiências. Mas o resto, o resto continua lá. O ambiente, a excelente banda sonora, o mundo de jogo, e acima de tudo, as excelentes missões, histórias, e personagens, fazem de Oblivion um jogo que ainda tem muito para oferecer, mesmo depois de todos estes anos.

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