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      Final Fantasy XII: The Zodiac Age

      Final Fantasy XII: The Zodiac Age

      Vale a pena revisitar Ivalice, agora em alta definição?

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      Pobre Final Fantasy XII nunca chegou a ter o reconhecimento devido dos jogadores. O RPG chegou já no ciclo final da PS2, com a PS4 já no mercado, e isso impediu que o jogo tivesse o destaque que é normalmente atribuído aos jogos da saga. E bem que o merecia, porque a Square Enix efetou uma série de mudanças neste jogo, tornando-o numa experiência muito singular de Final Fantasy. 11 anos depois, o RPG está prestes a regressar em alta definição, agora na PlayStation 4.

      Ao visitarmos a Square Enix em Londres, só tínhamos uma dúvida na mente: será Final Fantasy XII capaz de resistir ao teste do tempo? A editora japonesa acredita que sim, e deixou-nos experimentar três áreas diferentes que mostram os melhoramentos produzidos. Explorámos primeiro a Golmore Jungle, onde está a vila Eruyt, uma zona coberta por árvores enormes e vegetação encantadora.

      O objetivo que nos deram foi simples: encontrar um Wyrm ancião e derrubá-lo, mas primeiro foi precisar explorar as novas mecânicas e sistemas. O jogo anterior utilizava um sistema de esferas para evoluir as personagens, algo que foi totalmente descartado pela nova versão. Desta vez vão ter um sistema Zodíaco, que tem classes mais definidas, como Black Mage, Knight, e Machinist. Cada personagem pode assumir o papel de duas classes, o que permite criar um bom equilíbrio independentemente dos heróis que vos acompanha.

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      O sistema de combate também sofreu várias alterações, que a Square Enix identificou como tributos a jogos mais antigos, nomeadamente Final Fantasy: Tactics e Final Fantasy V. Ainda assim, será uma experiência muito diferente da que tiveram em FFXV, bem mais tática e complexa.

      Ao avançarmos pela floresta começamos a perceber a dimensão das melhorias gráficas. O jogo está mais polido e refinado, mais até do que a versão HD de Final Fantasy X. Essa última remasterização tinha algumas inconsistências gráficas, como as diferenças drásticas entre personagens centrais e secundárias, ou efeitos de água. Final Fantasy XII não aparenta ter essas incoerências, e o que vimos deixa a sensação de um jogo extremamente cuidado e polido.

      Os feitiços mais poderosos também foram algo de uma revisão visual, incluindo os "Quickenings", como são chamados em Final Fantasy XII. Existem vários efeitos novos, incluindo partículas e iluminações, que realmente elevam a experiência visual do jogo. Até a banda sonora foi toda refeita por uma orquestra, para uma qualidade de gravação superior.

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      Após explorármos a floresta de Golmore, experimentámos o novo modo de desafio. Parece algo saído de um jogo de luta, apresentando inimigos gradualmente mais difíceis aos jogadores, e sempre em áreas diferentes. Lutámos num deserto, em ruínas, e numa enorme arena. Se as dezenas de horas de jogo base não forem suficientes, parece-nos um bom modo de jogo para os jogadores testarem a sua capacidade.

      Por último tivemos a oportunidade de experimentar a área de Phon Coast. Desta não nos deixaram escolher as classes das personagens, já que o objetivo era meramente apresentar a área e o sistema de missões secundárias para caçar inimigos. O jogo tem realmente um aspeto impressionante, mais ainda se considerarmos a idade do projeto original. De todos os jogos que a Square Enix remasterizou, incluindo Kingdom Hearts, Final Fantasy XII é de longe o que se apresenta mais atual e polido.

      Saímos dos escritórios da Square Enix com a convicção de que Final Fantasy XII recebeu um tratamento adequado, suficiente para se manter atual nos dias de hoje. Depois de Final Fantasy XV, este regresso a XII foi um pouco como voltar a casa. Independentemente de terem ou não jogado o original, se têm um apetite por jogos do género JRPG, vale a pena manter Final Fantasy XII: The Zodiac Age debaixo de olho.

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