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Dead Island 2

Dead Island 2

Jogámos a demo que a Yager tinha na Gamescom e ficámos confiantes quanto ao novo Dead Island.

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O Dead Island original é o tipo de jogo que não é exatamente 'bom', mas que conseguia ainda assim divertir durante várias horas. Depois veio Dead Island: Riptide, a continuação, que era em muitos aspetos inferior. Agora, com uma mudança de produtora (da Techland para Yager Developments) e reforçado pela nova geração, Dead Island 2 pode ser finalmente o jogo que atinge o grande potencial que todos reconhecemos à série. E foi precisamente essa a ideia com que ficámos depois de alguns minutos com a demo da Gamescom.

O conceito geral de Dead Island é o mesmo para esta sequela: ação na primeira pessoa com foco em armas de curto alcance, muito sol, zombies a torto e a direito, sistema de criação de armas e um modo multijogador cooperativo. Apesar do conceito idêntico, nota-se também que a Yager (produtora de Spec Ops: The Line) quer deixar a sua marca peculiar.

Curiosamente, o jogo parece ter encontrado o ritmo certo com a Yager. No original e em Riptide, a jogabilidade e o espírito do jogo nem sempre pareciam bater certo com alguns momentos da história ou até com algumas mecânicas, exageradamente sérias. Ou é The Walking Dead ou é Dead Rising - não pode ser ambos. Dead Island 2 será por isso mais violento, mas também mais descontraído. Agora serão capazes de segurar em duas armas ao mesmo tempo e de realizar alguns ataques finais espetaculares (uma das classes tem uma combinação de pontapé+martelo que atira os zombies a voar pelo ar. Acrescentem-lhe a modificação de fogo ao martelo e apreciem o fogo de artifício) e também já não precisam de estações para criarem objetos. O jogo apresenta ainda um grafismo muito superior e um sistema de física que será certamente divertido de explorar.

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A mudança da ilha tropical para a Califórnia marca também uma diferença de tom importante. Sim, obviamente que continua a ser um cenário muito ensolarado, mas agora é um tipo de ambiente com o qual a maioria dos jogadores já estará familiarizado. O jogo terá mapas de Los Angeles e de São Francisco, tudo num único mundo aberto (tão grande que parece ter provocado problemas no próprio Unreal Engine 4).

Esta demo em específico incluía uma pequena secção do mapa de Los Angeles, e permitiu-nos experimentar duas das classes do jogo, algumas armas e modificações (fogo e eletricidade). A demonstração terminou com uma sequência onde tivemos de impedir que vários zombies derrubassem uma barricada e conseguissem entrar num bar.

Uma das propostas mais interessantes de Dead Island 2 é a opção para oito jogadores entrarem e saírem a qualquer momento durante uma sessão de jogo. A demo não permitiu perceber ao certo como isto irá funcionar, mas a ideia de percorrer este mundo com um grupo de amigos parece-nos aliciante.

Experimentámos duas classes, o Berserker (tipo duro, equipado com uma caçadeira e um martelo) e o Speeder (rapariga ágil que carrega duas espadas). A Yager também introduziu um contador de mortos, que lembra uma função semelhante em Dead Rising 2. As outras duas classes anunciadas até agora são o Hunter e o Bishop, mas podem existir mais, ou pelo menos foi com essa ideia que ficámos depois de uma conversa com o diretor.

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Dead Island 2

À primeira vista é difícil pensar em algo que a Yager possa trazer para Dead Island 2 da sua experiência com Spec Ops: The Line. No entanto, o diretor Bernd Diemer revelou que a música e os efeitos sonoros, ou melhor a forma como os implementaram, serão semelhantes entre os dois títulos.

"Pessoalmente acredito que o uso da música em Spec Ops funcionou muito bem, realmente reforçando o ambiente, ou contrastando-o. E a verdade é que a música pode também ser usada para reforçar a comédia, ou uma situação absurda. Numa demo interna que fizemos, existia uma mesa de DJ que estava a tocar Love is in the Air enquanto matávamos zombies a torto e a direito. Fantástico," classificou Diemer.

Uma demonstração tão pequena não nos deixa obviamente avaliar o que será a experiência maior de Dead Island 2. O jogo tem certamente muito potencial e a demo é sem dúvida divertida, mas o jogo precisa claramente de ser mais trabalhado, de se tornar mais estável e fluido. Esperemos portanto que a Yager possa resolver estas questões e cumprir com o potencial de Dead Island.

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