As Classes de Destiny

Destiny é um dos jogos mais esperados do ano, com a ambição de unir alguns dos melhores elementos dos FPS e dos MMO. É por isso um jogo com muito para conhecer. Já dedicámos algum espaço a Destiny no Gamereactor, e podem ler as nossas impressões mais recentes da campanha aqui, mas existe ainda muito de que não falámos. Neste artigo vão encontrar olhar com maior pormenor para as três classes do jogo - Caçador, Arcano e Titã.

Fizemos questão de atingir o nível máximo (possível na alpha) com cada uma das três classes disponíveis, de forma a podermos avaliá-las de igual forma. Depois de algum tempo com cada uma, é já perceptível que as três oferecem propostas distintas, mas a diferença não é tão evidente nesta alpha como possivelmente o será no jogo final a nível máximo. A alpha está limitada ao nível 8, o que não nos permitiu testar algumas das melhores habilidades e equipamento para cada classe que desbloquearão mais tarde.

O Arcano era a classe que conhecíamos melhor, já que foi a que escolhemos durante as nossas sessões de jogo anteriores. Uma das suas habilidades mais poderosas é a Nova Bomb, uma orba roxa que danifica seriamente os inimigos. Também existe uma granada Vortex, que permanece no sítio em que explode, pulsando também com uma cor roxa. Estes dois ataques têm um limite de tempo entre utilizações (chamados de Cooldown nos MMO), por isso não podem ser usadas repetidamente.

Outra habilidade curiosa é um salto deslizante, que pode levar a personagem na direção em a ação é acionada. Se a utilizarem quando estão a saltar para cima, vão avançar um pouco para o ar. Se o fizerem quando estão na trajetória descendente, vão deslizar para baixo. Mas já sabíamos tudo isto das sessões anteriores, por isso decidimos experimentar mais um pouco com as outras classes.

O que descobrimos foi um Titã que não nos deslumbrou e um Caçador que pode vir a ser a nossa classe favorita. O Titã tem um ataque devastador no chão (tipo Hulk) que pode desfazer vários inimigos juntos. É uma ação igualmente útil contra veículos.

Já o Caçador tem acesso a uma arma flamejante com um poder devastador, embora com disparos limitados. O ataque do Titã pareceu-nos algo difícil de controlar eficazmente, mas adorámos o disparo do Caçador. A nossa dificuldade com o Titã pode, no entanto, ser um problema nosso, já que vimos outros jogadores sem problemas aparentes com a classe.

Outra razão pela qual adorámos o Caçador é o salto duplo. O Titã tem uma variante mais próxima da do Arcano, mas gostámos mais da mecânica do salto duplo do Caçador. À imagem de Titanfall, Destiny também promove uma grande mobilidade das personagens, apesar de ser no seu núcleo um jogo de ação na primeira pessoa. E ainda têm acesso a veículos, para percorrerem distâncias maiores.

Voltando às classes, as granadas são outro elemento que distinguem as personagens. A nossa favorita é a do Arcano, supracitada. A do Titã cega os inimigos, mas também o jogador, por isso tem de ser utilizada com algum cuidado. A granada do Caçador é incendiária e causa dano considerável. As três podem ser muito úteis, mas gostámos mais da diversidade tática da granada do Arcano. Ao evoluírem a personagem começam a ganhar acesso a outras granadas, não necessariamente melhores, mas antes indicadas para outras situações.

Outro elemento que ajuda a distinguir as classes são os ataques físicos. O Arcano tem um poderoso golpe que drena saúde dos inimigos, mas não pode ser utilizado com tanta frequência. Já o Titã consegue aplicar um murro forte e o Caçador recorre a uma faca. Ao evoluirmos as personagens ganhamos acesso a outras habilidades, bem como vantagens passivas. Com o passar do tempo ganham maior diversidade e cada classe pode divergir em várias direções, uma variedade reforçada pelo tipo de equipamento e armas que carregam. Podem recolher espólios precisos durante a campanha, ou comprar equipamento na Torre, um "hub" central e neutro para os jogadores.

Depois de mais algumas horas com Destiny, continuamos impressionados com o jogo, mas existem algumas preocupações, nomeadamente em termos de equilíbrio das classes no modo PvP e o sistema de emparelhamento. Neste aspeto, a Bungie sempre fez um bom trabalho com Halo e tem já muita experiência nesse campo, contudo, num jogo como Destiny, com tanta variedade de equipamento, classes e níveis, é preciso um sistema extremamente polido. Também ainda não testámos realmente a eficácia e os papéis que cada classe assume em grupo.

Existe quem acredite que o melhor da Bungie já passou, que a era dourada da produtora acabou com, mas não partilhamos dessa opinião. Do que vimos até agora, Destiny é o próximo passo de um estúdio que ainda não atingiu o seu auge. Halo 4 é a sequela do último jogo da Bungie, embora tenha sido produzido pela 343 Industries, mas é Destiny que parece ser a real evolução do trabalho que a produtora fez ao serviço da Microsoft. Se ainda não perceberam, estamos muito entusiasmados com Destiny.